top of page
Foto del escritorRenata Rosa

Isolamento ou alinhamento?


O que o uso apressado do princípio de reciprocidade pela chancelaria brasileira nos diz sobre a Nicarágua? A comunidade de estudiosos da política externa brasileira tomou um susto ao tomar conhecimento da expulsão do Embaixador Breno da Costa por parte do governo da Nicarágua. Muito mais estranhamento nos causou o uso automático do princípio de reciprocidade e a consequente expulsão da Embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matu. Situações como essas deveriam ser tratadas com um

pouco mais de análise e diálogo pra não dizer diplomacia mesmo.


 

O governo de Daniel Ortega apresenta sinais visíveis de alinhamento com o governo de Maduro, disputa posição estratégica com o Panamá e El Salvador na América Central e, ao que parece, conseguiu desestabilizar a nossa diplomacia justamente no momento em que está buscando equilíbrio e consenso regional para garantir a legitimidade do pleito eleitoral venezuelano. Não é nenhuma novidade que Ortega deseja testar os líderes políticos da América em relação ao grau de legitimidade que cada um irá atribuir ao seu governo. Negou o “agrément” ao possível Embaixador dos Estados Unidos em Manágua há pouco tempo. Nem por isso, os Estados Unidos expulsaram o embaixador da Nicarágua em Washington.


 

Princípio da reciprocidade não é absoluto e nem precisa ser utilizado como uma fórmula matemática e automática. Ortega conseguiu deixar o Brasil em uma posição contraditória com seus vizinhos. A Nicarágua não está se isolando, pois já está isolada há muito tempo. Ela está apenas se alinhando ao governo de Maduro e testando até onde vai o equilíbrio dos países para lidar com situações críticas em todo o continente.


Renata de Melo Rosa

¿Qué nos dice sobre Nicaragua el uso precipitado del principio de reciprocidad por

parte de la Cancillería brasileña? La comunidad de estudiosos de la política exterior

brasileña quedó conmocionada al enterarse de la expulsión del embajador brasileño

Breno da Costa por parte del gobierno nicaragüense. Mucha extrañeza nos provocó

el uso automático del principio de reciprocidad por parte del gobierno brasileño y la

consecuente expulsión de la Embajadora de Nicaragua en Brasil, Fulvia Patricia

Castro Matu. Situaciones como estas deben ser tratadas con un poco más de

análisis y diálogo, por no decir diplomacia.


 

El gobierno de Daniel Ortega muestra señales visibles de alineamiento con el

gobierno de Maduro, además de disputar una posición estratégica con Panamá y El

Salvador en Centroamérica y, al parecer, ha logrado desestabilizar la diplomacia

precisamente de Brasil en el momento en que la misma busca el equilibrio y el

consenso regional para garantizar la legitimidad de la contienda electoral

venezolana.


 

No es casualidad que Ortega quiere poner a prueba a los líderes políticos de

Latinoamérica en relación con el grado de legitimidad que cada uno atribuye a su

gobierno. Negó el "agrément" al futuro embajador de Estados Unidos en Managua

no hace mucho. Aún así, Estados Unidos no ha expulsado al embajador

nicaragüense en Washington.


 

El principio de reciprocidad no es absoluto y no necesita ser utilizado como una

fórmula matemática y automática. Ortega logró dejar a Brasil en una posición

contradictoria con sus vecinos. Nicaragua no se está aislando, pues ha estado

aislada hace mucho. Simplemente se está alineando con el gobierno de Maduro y

probando hasta dónde llegará la capacidad de concertación política para garantizar

la estabilidad de los países para hacer frente a situaciones críticas en todo el

continente.

Renata de Melo Rosa

0 visualizaciones0 comentarios

Comments


bottom of page